Este blog reúne o trabalho literário da escritora capixaba-carioca Isabella Mariano.
Esses teus olhos Que perfeição!
Maria Rosa E suas dores no manto Ou flores do campo Tanto faz Ou vice-versa Já não se sabe mais
Espere um pouco e terá mais de mim. A plenitude só acharemos quando estivermos no céu junto a deus. Vais para o céu, seria injusto se não fossemos. Um amor tão bonito só pode ser divino. Mas que será que quero tanto de ti? E que de mim, tanta necessidade tens? A tarde absoluta com a chuva precipitada nas manhãs frias fica vazia se tuas palavras não me invadem. Palavras de amor, mansas, de ódio, fervorosas. Será que ainda pensas em mim quando escreve? Ou quando pedes um copo de uísque e ninguém atende? Era eu quem estava na casa quando a tua arrogância tentava destruir nosso amor. A flor que cresce e tu insistias em destruir. Destruiu a ti mesmo, mas eu ainda estou aqui. Eu ainda te quero. Eu posso te ajudar a sair desta profundeza... Neste abismo em que te encontras. É o fim para ti? Eu ainda tenho tanto amor para dar. Estende a mão e vê quem te espera. Vê que teu grande amor sou eu. Eu ainda te amo.
Bela rapariga Filha de camponês Moça trabalhadeira Saía com suas amigas A festa começava Repetia como se fosse só alegria - Deixe eu viver a vida assim Que eu quero é só sorrir.
Se o Céu é Certo, Sereno é Cego Sentado, a Ceiar na Cela dos Súditos Sinceros, Sentindo a Sensação de Serem mais Sensatos que Sabino.
Chovia. Não se continha. Pintava os lábios rubros. Sempre dessa mesma cor e tom. Forjava uma dor. Ia para o pátio afim de que todos a vissem. Mas olhares desconexos a surpreendiam voando de acordo com o clima. Seus seios avantajados já nem faziam efeito. Se alguém dizia alguma coisa, não era o suficiente para que se sentisse realizada. Rolava no campo da paixão como uma louca. Paixão é loucura. Anestesiada por demasiada dor inventada, chorava. Seu pranto se misturava com a água da chuva. Sentia-se bem por influenciar no ciclo, o ciclo da vida. A água que jorrava dela. Água viva de uma dor quase morta. Uma dor zumbi. Uma dor que não a pertencia e que depois de digerida, seria destinada ao espaço. Todas as suas dores, ela devolvia a atmosfera. Era seu ciclo. Tomava veneno, mas não era humana para que a destruísse. Seu deus era o amor. E somente a ele servia com prazer. Porque o amor não tem inimigos e tudo sofre. Descabelada, sorrindo, forjando um peso de qualquer bebida escura, estava ela frente ao seu antigo amigo repetindo o que ouvia nas músicas. "Ainda há um pouco de você lá em casa". Como se sofresse por isso, como se gostasse disso. Ia embora de uma hora para outra, quando bem entendesse, sabendo que não precisava de nada daquilo. Seu eterno marido é o amor. Acendeu cigarros, borrados com sua cor. Sujos com sua água. Tragava como se estivesse recolhendo toda a dor do mundo. Ela fazia isso com amor. Quando se cansasse de fazer tudo por todos, levantava da poça d'água, ajeitava o cabelo e comprava um belo bolo para levar a sua mãe. Voltava para casa, sorrindo. Todos agora a olhavam, ela parecia ser a pessoa mais feliz do mundo. E felicidade é bonito de ver. Vivia assim na sua confusão de pensamentos, na sua patologia mental. Tinha dificuldades em separar o real do ilusório. Depois de tantos anos tentando não ser iludida e fracassando, acabou se confundindo. Mas continuava feliz. Viveu assim até morrer numa cama de hospital. Todos diziam que era louca. Mas ela era mesmo feliz (ainda que a loucura fizesse parte disso). Ajudava as pessoas e só dizia palavras de carinho aos necessitados. À noite, ajoelhava e pedia perdão por ser diferente. Mas ela era. E a essência do seu ser, amigo, é sempre a mesma.
Não que alguém, além de mim e o blog, comemore a data, mas eu acabei deixando passar, mesmo esperando, ansiosamente, pelo o dia em que se completasse um ano com essa belezura aqui. Um lugar onde eu pude desabafar, inventar romances e estórias; Desenvolver meu lado lírico, ou não desenvolvê-lo... Um lugar meu, reservado para mim, mas que convidados podem entrar sem pedir licensa. E como presente, ele recebeu essa cara nova. Eu estava, admito, pensando em mudar o endereço, mas a alegria de tê-lo por um ano me fez mudar de idéia. Concluindo, para que eu possa durmir, parabéns blog, por aguentar minhas lamentações, desabafos e confusões como ninguém! hahaha
1. Sete coisas que faço bem: - Dramatizar; - Ficar estressada; - Fazer as pessoas rirem; - Cálculos; - Abraçar; - Comer; - Chorar.
2. Sete coisas que não faço e não sei fazer: - Desenhar; - Pintar a unha; - Dizer eu te amo cara a cara; - Dobraduras; - Ficar emocionalmente estável; - Andar de patins; - Surfar.
3. Sete coisas que me atraem no sexo oposto: - Cabelos enrrolados; - Sorriso; - Poesia; - Compreensão; - Romantismo; - Tatuagens; - Inteligência.
4. Sete coisas que não suporto no sexo oposto: - Ignorância; - Indecisão; - Músculos em excesso; - Pensamento controveso sobre a mulher; - Não gostar de poesia; - Ter cabeça fechada; - Baixa estatura.
6. Sete atores/atrizes que eu gosto: - Johnny Depp; - Natalie Portman; - Scarlett Johansson; - Jude Law; - Débora Fallabela; - Daniel de Oliveira; - Brad Pitt.
7. Sete atores/atrizes que eu detesto: - Fernanda Vasconcellos; - Paris Hilton; - Sophie Charlotte; - Lindsay Lohan; - Juliana Didone; - Mischa Barton; - Miley Cyrus.
8. Sete filmes que eu detestei: - Cría Cuervos; - O Sonho de Cassandra; - Fim dos Tempos; - O Senhor dos Anéis; - Star Wars; - O Sorriso de Monalisa; - The Cheetah Girls.
9. Sete filmes que eu adoro: - Closer; - Pequena Miss sunshine; - Juno; - Across the Universe; - Piratas do Caribe 1, 2, 3; - Tudo acontece em Elizabethtown; - Batman - The Dark Knight.
10. Sete livros favoritos(que não são meus favoritos): - Clube dos Anjos (Veríssimo) - O Dia do Curinga (Jostein Gaarder) - Quem tem medo de escuro? (Sidney Sheldon) - Sentimento do mundo (Drummond) - Os Mortos Estão no Living (Miguel Narvilla) - Pollyana (Heleano H. Poter) - O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
11. Sete coisas legais nos últimos sete dias: - Aprendi mais uma música no violão; - Fui ao salão fazer as unhas; - Chuveu; - Ouvi coisas lindas de um grande amor; - Chorei muito; - Fui ouvir ao vivo a banda do Rodolfo Abrantes; - Desbafei com meu professor de violão.
12. Sete constatações inúteis: - Eu queria saber surfar; - Eu sou uma merda; - Eu me amo; - Quero ir morar em Minas logo; - Tenho que depilar; - Estou de saco cheio desse lugar; - Eu amo a minha mãe.
13. Sete pessoas que desafio a responder às perguntas acima: - Todos que lerem isso (será que chega a sete?).
Alguma solução para tirar completamente essa sensação de rotina chata?
Hoje li um texto bem legal, da Bíblia. Está em primeira Tessalonicenses, capítulo 2, versículos 13 ao 16. Que logo no início fala do motivo para ainda, incessantemente, dar graças a Deus, apesar dos problemas. E o motivo foi: conhecer a palvra de Deus. Apesar de tudo o que possa nos acontecer, nós teremos, sempre, Cristo como Senhor e Salvador. Ele é nossa alegria e nosso refúgio. E aqueles que nos perseguem, esses terão seus destinos. :)
Olha, não sei se é porque estou num momento "preciso de alguém", num domingo, ouvindo Fruto Sagrado (Diferente dos Anjos), MAS ao ver que minha belíssima mãe está assistindo, novamente, ao filme "Como se fosse a primeira vez", eu resolvi falar dele... Olhando com "óculos cristãos". Como a maioria sabe, a história é um romance bobo, mas não tão igual aos outros. A moça, Lucy (Drew Barrymore), tem um pequeno - ironia - problema na memória devido a um acidente e acontece que ela se esquece de tudo após durmir, quando acorda só lembra do que ocorreu até o dia do acidente. E o rapaz, Henry (Adam Sandler), é um cara que tinha a sua vida certa (certa como a nossa, entende?), mas se encantou por Lucy que mudou seus planos... Definitivamente. Neste filme, pude ver a síntese de uma relação amorosa, ou melhor, de um verdadeiro casamento cristão. Não é qualquer rapaz que se prontifica a arcar com todas as "despezas" das complicações da mocinha. Mas, também, não é toda moça que se compromete a descobrir toda a sua vida dia após dia. A atitude de Henry é admirável. Após perceber que era ela mesmo quem ele queria, correu atrás. Ele poderia, facilmente, ter desistido, afinal era muito dificil e complicado. Ele conseguiria achar uma mulher bonita, saudável e com boa memória. Mas ele se apaixonou e entendeu o destino daquele sentimento. Interpreto Lucy (re)conhecendo sua vida todas as manhãs como a questão de se apaixonar todos os dias pelo seu amigo, parceiro, companheiro, homem, marido. E é nisso que está o casamento. Na confiança que Henry criou em não ter medo de perdê-la. Ele faria tudo o que fosse preciso. A certeza de Lucy de que iria se apaixonar todas as manhãs novamente por Henry. O amor renovado por cada simples gesto. Abraços e beijos. É por essas e outras que quando falam em casamento de maneira ruim eu já, meio acanhada, digo que acredito, sim, em uma relação duradoura e fiel. Não como uma fantasia, mas como um desafio. Se tivermos preguiça de amar e de conquistar... É inútil esperar que dê tudo certo. (;
PS.: O nome do filme já diz tudo.
Eu poderia pedir tudo o que eu quisesse E Tu poderias me dar tudo o que eu pedisse Mas seria errado eu não te agradecer Seria estranho eu ser ingrata contigo
Eu quis que o Senhor me abrisse o mar E com um sorriso, Tu o fizeste sem hesitar Eu pedi a Ti que me fizesse levantar E lindo Tu és, fez minha fé me salvar
Então Deus de todas as coisas Pai de toda a criação Eu me machuco Eu faço tudo Só para dizer Que te amo
[Liberta-me]
Escrito em Maio de 2008. O que esta entre colchetes foi adcionado hoje.
Olhe. Olhe de novo, olhe bem. Entenda que as suas vontades vêm de você. É sua culpa a existência delas. A inconsciência de ser - ou com.É só o céu e o inferno que agem? Você acha, mesmo, que o mundo espiritual está agindo na Terra? Ou é um reflexo? Nós existimos. Por alguma razão que, no fundo, é o motivo para ainda desculparmos uns aos outros. É para tentar entender nossa função nesse lugar que nos amamos ou odiamos, mas sentimos. De alguma maneira você progride ou regride. Mas não fica parado. Você vem de fora, elas vêm de dentro. Você tem quantos anos? A cada ano temos 8.760 horas para ser, não ser ou deixar de ser qualquer coisa. Isso significam 525.600 minutos! O que você faz em dois ou cinco minutos?E no final do dia, do ano, da vida dizemos não ter tido tempo para nada. Tempo a gente tem, nem sempre as pessoas respeitam o tempo de cada indivíduo e lhe tiram a vida. Mas quando isso não ocorre, a nossa vida fica à mercê das nossas escolhas. Mas quem disse que queremos ser alguma coisa? Algumas pessoas optam por não existir. Opção nula. Isso não é possível se a sua alma ainda está no seu corpo. Temos tendência a proucurar saber por quê existimos. Acordamos todos os dias. Os segundos vão passando em questão de horas, a cada passo vamos ocupando um espaço reservado para nossos passos, mãos. Corpo. Enquanto isso a natureza se desenvolve, cabelos e unhas crescem, bebês nascem e bebês morrem. E dizemos ser pouco tempo. Pouco não é o tempo. Pouca é a nossa velocidade. E velocidade, essa sim depende das nossas vontades.
"Se não for pra Te adorar, para que nasci? Se não for pra Te servir, porque eu estou aqui?"
Estou tentando, de verdade, ouvir mais a Deus do que a mim mesma. Aliás, vivo assim... Tentando cada vez mais. Até ser por completo. Mas eu sinto falta da mesma coisa sempre e tenho medo de ser um desejo só meu. Medo, não. Porque SEI que é uma vontade nossa (minha e de Deus), porém eu e minha ansiedade somos muito apessadinhas. Fico pensando no que eu devo fazer para Deus me presentear. Mas, talvez, não deva fazer nada de extraordinário. Apenas isso. Amar Deus e viver a vida. Quanto mais penso nisso, mais devagar o tempo parece passar. Mas Ele sabe, exatamente, o que faz. Ele tem o controle de tudo e não é máquina e nem homem para falhar. É, deve ser por isso que não pirei. hahaha (NÃO?)
Ih.
Apesar de ser uma expressão comum, estamos evitando usar esse termo (ou não?). Defina esse adjetivo. Interessante. Usa-se roupas ousadas, diferentes, comuns ou exageradas. Fala-se de Nitzsche e até Felline. Che Guevara não. Porque meu amigo Che já está na "moda". E "na moda" não é nada interessante. Interessante deve ser algo que está na moda, só porque se tornou comum, mas não porque é, realmente, uma tendência nas passarelas estrangeiras ou nacionais. É comum ouvir tal música e rir quando alguém disser que gosta de assistir novela. Não que seja algo super divertido, mas é palhaçada se colocar em patamares acima, mesmo que estejam. É palhaçada! Comoestou sem saco para continuar com esse assunto só posso desabafar que não tenho paciência para pessoas fechadas e/ou que forçam ser o que não são. NÃO TENHO P A C I Ê N C I A.
Ah, boa noite, senhores. haha
Por alguma razão, a Terra e/ou o Céu, fizeram-me aumentar meu interesse pela astronomia. E se por coincidência ou não, Deus me permitiu esse interesse. Assisti a um ou dois filmes sobre o assunto, o que me estimulou a querer saber mais. E o que eu quero contar, na verdade, é sobre a eficiência, ou melhor, a perfeição com que Deus age e coloca todos os detalhes em seu devido lugar. Sem nenhuma pista de que possa ter sido Ele, mas eu sei que foi. Estava, eu, no colégio e deu o horário do intervalo. Resolvi passar na biblioteca e, de repente, pensei que deveria ler, afinal fazia um tempo que não lia um bom livro. Inclusive disse: - Acho que vou alugar um livro. Estou precisando, né. Haha Estava olhando crônicas. Iria alugar Veríssimo, mas decidi que precisava de algo diferente e, se possível, surpreendente. Peguei um de Fernando Sabino. Ficou na mão. Enquanto proucurava "1984" que não havia terminado a leitura, da última vez que o aluguei, vi que ele estava ausente da biblioteca. Não sei como, encontrei-me olhando para um livro chamando "A Harmonia do Mundo" e, para confessar, não li nem a parte de trás antes de decidir que iria lê-lo. Ao iniciar a leitura, fiquei "imóvel" (eu diria) por dentro. Seu assunto é sobre astronomia. E mais que isso: sobre religião. Parecia Deus me dizendo: - Filhinha. Entenda que todo o conhecimento da Terra sou Eu quem permito vocês saberem, o que me entristece é a maneira como vocês o usam. O livro além de ser bem escrito, nas páginas que já li, está em ótimo estado. Parece ultra-novo (?). Como se estivesse intacto. E me esperando. Por que razão o livro não teria sido lido? Ou não muito lido? É nítido que as marcas de uma leitura não estavam nele. Se fosse há anos atrás, eu poderia estar com um livro proibido na mão. Tá, a minha fantasia é intensa demais para que a sua exposição possa ser compreendida sem nenhum "Que exagero!". Então, deixo ficar subentendida ou totalmente confusa a minha alegria pelo trabalho de Deus.
Eles Que são mais Do que Nós.
- Olha, Amélia, precisamos que nos diga tudo o que você fez. Por que está assim? Você deve confessar tudo a nós. - É, você precisa dizer. - É, você deve dizer. - É, você tem que dizer. - Diga, diga. digA, digA! - Pára tudo! - Dessa vez, era Amélia que dizia. - Ei, Lu. - Sim?! *Diga, diga* - Quem é que perdoa pecados? - Ah, essa é fácil: Jesus! - Então a quem devo me confessar? (Houve um silêncio momentâneo) - Lu, você pode me responder? - Sim. Devemos nos confessar a Jesus. - Ah, graças a Deus. Então não preciso dizer nada aqui. (Ela deu uma parada estratégica) Ou vocês vão querer dizer seus pecados, também? Rá. É melhor eu ir antes que me atirem alguma pedra. (Uns segundos depois ela volta e completa sua fala) - E tentem entender o amor. Eu estou tentando. Amo vocês. Fim.
Isabella Mariano nasceu em 1992, no Rio de Janeiro, mas logo se mudou para Vitória. É jornalista, escritora, designer e mestre em Comunicação e Territorialidades. Em 2013, publicou o livro "gotas" e, em 2015, o "Cortes Lentos" - ambos de poemas.