- Mulher, tenho algo para perguntar-te.
- Homem meu, tens minha atenção.
- Quem és tu?
- ...
- ...
- Como ousas perguntar-me isso?
- Ora, meu amor, - aproximando-se dela - dizem que devemos apaixonar-nos a cada dia, pois caso contrário nossa luta nao terá valido a pena... Seremos sem causa. - a última frase disse sussurrando, quase em prantos -
Ela sorriu, um sorriso tão aconchegante que ele se sentiu certo. Como se ela compreendesse tudo antes mesmo dele tentar explicar e disse:
- Sou tua amada, sou teu escudo. Sou teu porto seguro. Sou tua poesia, tua inpiração. Sou teu tudo, meu amor, eu sou teu chão.
- És meu cobertor na noite fria, meu rio no deserto do Saara. Sou teu cravo e és minha rosa. Minha dama, meu sonho.
- Seja sempre assim, meu homem de sorte. És um homem de sorte, sabia?
- Sei, tu me diz todos os dias no pé da orelha.
Bom, como eu disse Eduardo era um homem de sorte e tinha certeza disso. Renovava sua esperança e fé todos os dias. Mesmo com a perda de sua mãe e sua irmã. ele sabe que as pessoas um dia vão morrer, e vão fazer falta... mortas ou não. Eduardo era um homem de sorte, não pelo lado bom da sua vida (e nem pelo ruim), ele era um cara de sorte por saber sorrir, sorrir de verdade. E por saber amar, mas amar de verdade.
1 Comentário(s)
Gostei desse texto, do jeito que você caracteriza, detalhes. Parabéns, de verdade. Um beijo.
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