
Que casa bonita ele tinha, ela não se cansava. Poderia ficar horas só admirando, não pelo preço ou pela quantidade de matéria. Mas a decoração tinha um cheiro forte de liberdade. Às vezes, inspirava tão fundo que esquecia de soltar. Ele chegou.
Fez o que tinha que fazer, sem nenhum amor, só o amor pela liberdade, pelo cheiro doce e amargo que ela tinha. Pegou o envelope, ao sair, que estava no mesmo lugar de todas visitas. Passou na casa da sua linda e velha mãe para ver se precisava de mais remédios. Depois sentou no bar com seus amigos. Para ela todos eram amigos, apesar de a olharem torto e de todos que a caluniavam. Ela os amava. Não tinha ninguém e nada que pudesse se apegar. A não ser a liberdade. Não entendia muito bem sobre as coisas.
- Mas o que uma prostituta deve pensar? Disse ela com tanto desdém como fazia na casa livre.
Não tinha drogas, não tinha sexo e nem roque. Esse lema é para os que se divertem com a vida e fazem piada dela. Ela só queria ter a oportunidade de amar a sua vida.
Pegou o dinheiro que tinha, fez uma pequena bolsa. Ia passar um final de semana em Minas, Brasília estava muito chato.
(Continua)
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