(Michael Cera na foto)
Ela era tão nova para aquela vida de solidão. Aos vinte e sete anos deveria estar brincando de gostar, de casar. No telefone ele insistia em elogiá-la de qualquer coisa que remetivesse à luz. E se entregava ao pensamento, imaginando se ele sabia do que ela precisava, questionando-se se havia alguma força superior e divina que todas as manhãs colocava uma pitada de brilho e emoção em seus lindos olhos. Conversou sobre o que não estava em sua rotina, já que cansou dela por um período que se estendia quase para sempre. Despediram-se às duas horas. Havia lido a maioria das páginas durante a conversa, conversou cobre as vãs filosofias. Sentiu-se nova e renasceu.
Durmiu um sonho, sonhou um sono. A sensação era a mesma de quando caímos na água do mar enquanto antes o sol nos fazia arder. Alívio, alívio. Suspirava esse conjunto de letras.
Em seu sonho via uma luz forte e os anjos em volta dos seus pensamentos, uma cama para o seu coração. Lindas rosas, águas cristalinas. Vivia como uma princesa. O sol acordou. Acordaram juntos.
- Alô, Mãe? Olha eu não sei se você está bem para poder me ouvir e entender o que eu estou dizendo. Tive um sonho, acho que durmirei em paz logo, logo. Estou muito feliz. Se acontecer alguma coisa e eu não quiser mais voltar, a Jussara cuida de você. Ela cuida melhor do que eu, prometo. Mãe, quero lhe desejar todo amor do mundo e pedir perdão pelos meus maus comportamentos, mas a vida nos condiciona sempre à alguma coisa e por obvios que somos, seguimos o caminho mais fácil. Sinto se te magoei, mas espero que as lágrimas nossas possam ser esquecidas. Nos veremos em breve. Eu te amo, mãe.
- Eu também, filha.
Estava ansiosa para o dia que estava nascendo. Foi à cafeteria, com batom cor-de-rosa. Viu o seu rapaz, sentado e lhe sorrindo um sorriso lindo e iluminado. Ela atravessou a rua tão calmamente, sem observar as pessoas e o mundo. Ele estava acima desses bobocas que pensam ser melhores que alguém. Passou vagarosamente como esperando ver o farol enquanto seu sangue se libertava. Ele deu um grito tão alto, mas sem som, só ela pôde ouvir. Acordou no hospital.
Ela era tão nova para aquela vida de solidão. Aos vinte e sete anos deveria estar brincando de gostar, de casar. No telefone ele insistia em elogiá-la de qualquer coisa que remetivesse à luz. E se entregava ao pensamento, imaginando se ele sabia do que ela precisava, questionando-se se havia alguma força superior e divina que todas as manhãs colocava uma pitada de brilho e emoção em seus lindos olhos. Conversou sobre o que não estava em sua rotina, já que cansou dela por um período que se estendia quase para sempre. Despediram-se às duas horas. Havia lido a maioria das páginas durante a conversa, conversou cobre as vãs filosofias. Sentiu-se nova e renasceu.
Durmiu um sonho, sonhou um sono. A sensação era a mesma de quando caímos na água do mar enquanto antes o sol nos fazia arder. Alívio, alívio. Suspirava esse conjunto de letras.
Em seu sonho via uma luz forte e os anjos em volta dos seus pensamentos, uma cama para o seu coração. Lindas rosas, águas cristalinas. Vivia como uma princesa. O sol acordou. Acordaram juntos.
- Alô, Mãe? Olha eu não sei se você está bem para poder me ouvir e entender o que eu estou dizendo. Tive um sonho, acho que durmirei em paz logo, logo. Estou muito feliz. Se acontecer alguma coisa e eu não quiser mais voltar, a Jussara cuida de você. Ela cuida melhor do que eu, prometo. Mãe, quero lhe desejar todo amor do mundo e pedir perdão pelos meus maus comportamentos, mas a vida nos condiciona sempre à alguma coisa e por obvios que somos, seguimos o caminho mais fácil. Sinto se te magoei, mas espero que as lágrimas nossas possam ser esquecidas. Nos veremos em breve. Eu te amo, mãe.
- Eu também, filha.
Estava ansiosa para o dia que estava nascendo. Foi à cafeteria, com batom cor-de-rosa. Viu o seu rapaz, sentado e lhe sorrindo um sorriso lindo e iluminado. Ela atravessou a rua tão calmamente, sem observar as pessoas e o mundo. Ele estava acima desses bobocas que pensam ser melhores que alguém. Passou vagarosamente como esperando ver o farol enquanto seu sangue se libertava. Ele deu um grito tão alto, mas sem som, só ela pôde ouvir. Acordou no hospital.
(Continua)
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