Evolução

Esqueci como se rimam as palavras. Então as disporei de qualquer maneira nesses espaços até não poder mais. Pois tudo o que tem fôlego, escreva sobre a vida. Ter esquecido realmente me doi. Uma parte de mim se esvai. Doi dar adeus a mais uma. A dor nos cega. Porque sei que há outra chegando, posso sentir. Mas a dor me cega. É tudo poesia. Verdade ou mentira, tanto faz, quem sabe? Algum pseudônimo escreve. E algum anônimo lê. Palavras confusas, interrompidas. Pela forte batida do coração. Eu sou um ser humano. E me aceito assim. Em verdade, em verdade vos digo: estou temendo. Temo que o novo tempo me desrespeite. Que me invada de forma inaceitável. Que me exclua do convívio social ou me inclua forçadamente. Temo que os novos ares sejam preconceituosos. Temo que os preconceituosos ares novos sejam essenciais. Temo tudo isso e muito mais, na esperança de que a alegria do novo me conforte sobre o desconhecido. Temo a floresta, pois não conheço seus rumos, seus ramos, seus bichos... seus deuses. Temo porque existo e não minto, por isso temo. Tenha piedade de mim. Misericórdia, peço eu. Guia-me, gaia. Guia-me, Deus. Que nessas trilhas encontre quem fará em mim abrigo e em troca me protegerá das ciladas da fauna... Da flora. E ao encontrar-te, jamais temerei de novo.

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4 Comentário(s)

  1. "Que nessas trilhas encontre quem fará em mim abrigo"

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  2. poxa...ia postar exatamente o que tá acima...
    tocou mesmo, viu?

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  3. poxa...ia postar exatamente o que tá acima...
    tocou mesmo, viu?

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  4. poxa...ia postar exatamente o que tá acima...
    tocou mesmo, viu?

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