say it loud

- Desculpe-me, querido. Não queria te machucar.
- Sei que por dentro você tá rindo e pensando 'se ferrou, babaca'
- Eu??
- Você mesmo sua vagabunda.
- Por que tão agressivo? Nunca foi assim... Não era pra ser.
- Agressivo seria se eu te enchesse de soco.
(Ela lhe lança um olhar de pena e toca em seu ombro)
- Deixe-me ir. Acabou.
- O quê? - Ele, bruscamente, tira a mão dela de si e transforma toda sua expressão. Ele está bravo. - Se recompõe - Permita-me ser franco... Aliás, você não tem que permitir merda nenhuma, porque quem tá ferrado sou eu. E eu posso falar o que quiser, culpo minha loucura.
(Ela se afasta, temendo)
- Tá com medo, querida? Só quero te dizer algumas coisas. Quer dizer... Quero jogar na sua cara mesmo... Lembra quando você sofreu aquele acidente? NENHUM parente seu foi te buscar, eles te desprezam... Fui eu quem te ajudei.
- Claro que lembro e sou grata por isso. Sempre serei.
- Ah, meu amor. Você não está sendo. Lembra quando você se prostituía e eu te levei em casa, deixei você descansar... E morar comigo?
- Foi a melhor coisa que já me aconteceu, mas...
- Não, não... Lembra quando você deu uma recaída e eu te encontrei desmaiada de overdose na porta de casa? Quem te ajudou mesmo?
- Foi você.
(Ele encosta ela contra parede, pegando firme em seus pulsos)
- É óbvio que fui eu! Quem mais se importaria com você? Quem mais te limparia e te faria chegar onde chegou? Eu! Fui eu quem te amou, sou quem te ama. As pessoas não te amam!
- Isso mudou, tudo mudou. Agora eu sou amável.
- Eu te amei quando você não era.
- Obrigada.. obrigada.
- Obrigada? Quer saber... Dane-se. Você e seu playboyzinho infeliz. Morram juntos. Morram... juntos.
(Ele a beija e, sem seguida, dá-lhe um tapa no rosto)
(Ela fica sem acreditar)
- Desculpe-me, querida. Eu não queria te machucar.

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