afeto não tem peso, mas às vezes pesa.

quanto é que vale o afeto? é possível medi-lo? colocá-lo sob uma pequena balança e observar as gramas subindo progressivamente? caberia ele em métricas palpáveis, bases de dados, planilhas de excel, calculadoras, anexos de e-mail, planners, agenda, papeis de carta?

como então saber o que é que sobra se dividirmos o seu afeto pelo meu? por que é que há sempre um sofrimento de uma falta se não há como medir o que se entrega? fica difícil falar em reciprocidade quando as linguagens são inúmeras. amar me parece, então e afinal de contas, uma torre de babel sem fim.

dói mais não ser amada como gostaria ou se perceber incapaz de entender a linguagem do amor que se recebe? nem todas as réguas seriam capazes de medir o que é que se oferta num encontro. afeto não tem peso, eu sei, mas às vezes pesa.

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