Blergh!

Terrível noite, obscuridão. Que me consumiu, engoliu e me pintou o rosto com suas cores. Agora não consigo sorrir um riso alegre e dizer palavras de carinho sinceras. Estou morrendo. E quem me mata é a angústia que o medo me traz. Medo de viver, viver, viver e morrer só. Sem que ninguém sinta saudade, com palavras de pena, nada sincero, tudo forçado. Estou perdendo as forças. Caminhando a passos vagarosos, quase parando, ficando em qualquer canto que me receba. Sensação péssima de exclusão, de desprezo. Que venha o simbolismo com sua transcendência. Que eu morra para poder crescer espiritualmente. Que eu me deixe evaporar assim, dolorosamente. Tortura, para que, sim, após isso, eu possa compreender mais o outro do que eu mesma. Que eu possa amar mais o outro que a mim mesma e que eu possa me alegrar com as conquistas alheias, quando as minhas são insuficientes. É... é isso! Porque a literatura é o melhor desabafo.

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