La bella solitaria I

Era um dia como todos os outros. Foi encontrar-se com o presidente, já era normal. Todos a questinavam o porquê desta vida que levava, mas na maioria das vezes era ela quem queria saber. Ajeitou o cabelo, o batom de sempre. Preciso de outro, pensou. Tinha olhos lindos, um olhar infantil... Talvez por isso tinha muitos amigos.
Que casa bonita ele tinha, ela não se cansava. Poderia ficar horas só admirando, não pelo preço ou pela quantidade de matéria. Mas a decoração tinha um cheiro forte de liberdade. Às vezes, inspirava tão fundo que esquecia de soltar. Ele chegou.
Fez o que tinha que fazer, sem nenhum amor, só o amor pela liberdade, pelo cheiro doce e amargo que ela tinha. Pegou o envelope, ao sair, que estava no mesmo lugar de todas visitas. Passou na casa da sua linda e velha mãe para ver se precisava de mais remédios. Depois sentou no bar com seus amigos. Para ela todos eram amigos, apesar de a olharem torto e de todos que a caluniavam. Ela os amava. Não tinha ninguém e nada que pudesse se apegar. A não ser a liberdade. Não entendia muito bem sobre as coisas.
- Mas o que uma prostituta deve pensar? Disse ela com tanto desdém como fazia na casa livre.
Não tinha drogas, não tinha sexo e nem roque. Esse lema é para os que se divertem com a vida e fazem piada dela. Ela só queria ter a oportunidade de amar a sua vida.
Pegou o dinheiro que tinha, fez uma pequena bolsa. Ia passar um final de semana em Minas, Brasília estava muito chato.

(Continua)

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