Vende-se emoções



Hoje o meu alvo são as propagandas de celular. No geral, abrangem sempre a mesma forma de falar, as mensagens passadas e até o tom de voz. O apelo emocional utilizado pode ser visto nitidamente com o mínimo de senso crítico que houver. Esta que está acima, por exemplo, é uma propagamda da TIM que exibe as emoções sentidas pelas pessoas ao receberem torpedos SMS. Não somente a alegria, mas os anseios e medos, também. Trata-se da passagem da vida com toques ("cara a cara"), para uma vida exclusivamente tecnológica em que as emoções são vendidas por apenas R$0,19 (Até que está barato, não?!). A propaganda vende algo muito mais do que o produto é capaz de oferecer. Um celular comum é utilizado para fazer ligações, organizar a agenda e mais uns "aperitivos" desnecessários, mas que são super divertidos.
É claro que ao recebermos mensagens pelo celular que nos agradam, teremos reações diversas e, logo, sentiremos emoções. Isso não quer dizer que sem o celular, não sentiremos emoções como essa descrita. Pelo contrário, poderão ser muito mais intensas.



Outro recurso utilizado são as datas comerciais, aliás esta jogada de marketing é comum ser utilizada, pois esses são os períodos em que as vendas se elevam e cada empresa luta para saber quem convence mais.
Esta, em questão, é da Claro qsobre o dia do pais. Poderia ser feita em volta de um casal que espera um filho. Ou, inclusive, uma família completa junta comemorando o dia. Mas não. Utilizaram-se da presença infantil (doce e ingênua) numa demonstração de saudade relacionando o consumo do celular com a proximidade entre pais e filhos. Sabe-se que a comunicação é indispensável para a construção de um relacionamento saudável e com amor. Mas isso não aborda o consumo de celular algum.
Ao utilizar uma criança, a propaganda visa convencer não somente as mães que devem comprar para seus maridos. Mas, também, as crianças visto que é muito mais fácil persuadir uma criança que ainda está conhecendo o mundo do que alguém que já tem sua opnião formada. E esta criança, em muitos casos, pode ser "a menina dos olhos".
As crianças são a chave para o despertar do consumo de algum produto necessário ou não. Assim é visto não só com os celulares, mas com brinquedos, roupas e fast-foods. A imagem a seguir descreve que em "seu Claro" é possível fazer o download de jogos e hits em uma espécie de video game do celular. Uma criança ao ver isso, iria se deliciar e querer imediatamente. Tanto pela curiosidade, quanto pelo interesse por desenhos animados, jogos e tecnologia. Quanto mais moderno, melhor. Além do celular, é vendida, também, a diversão. Não estou subestimando nenhuma criança, apenas apresentando a visão que as propagandas têm ao se utilizar delas para vender seu produto.

Para finalizar e completar o que eu já disse, selecionei uma propaganda da operadora Vivo (ao lado direito) em que ao dar mais opções de planos de franquia para o cliente, diz haver mais liberdade fazendo uso da frase "Mais livre, mais vivo". As promoções mostram vantagens que aparentemente se encerram no período de um ano. Mas nada se compara a sensação de liberdade, de poder escolher, mesmo que possam ser duas opções péssimas ou fora do que a renda da família poderá cobrir. Mas, repetindo, nada se compara a sensação de liberdade. Já que é algo que o mundo busca. Liberade para tudo o que nos agrada. E isso inclui falar no celular. Resumindo, antes de comprar um celular, veja como anda sua vida emocional, só para não ter nenhuma surpresa (ironia on).

O uso do marketing é incrível e mais legal ainda é como isto pode influenciar os comportamentos de uma nação inteira diante da sociedade. Agora termino com uma pequena ironia: Apesar de usar bastante o aparelho, eu tenho medo de celulares. Se essa teoria do Big Bang é possível (não creio), ao ver um pedaço pequeno de tecnologia carregando milhares de informações, posso temer uma explosão?



Agradecimentos aos meus profesores de sociologia Marcílio, que antes de sair me falou um pouco sobre o assunto, e Vanderléia que está agora ensinando a turma.

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1 Comentário(s)

  1. big bang é suposição, assim como váááárias coisas nesse mundo.

    eu detesto suposições, mas preciso conviver e acreditar em alguma delas.

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